SALSA

Salsa e cebolinha.
Uma pitada de coentro, pimenta e muita salsa.
Ôpa.
Desculpe.
Vamos falar da Salsa, essa dança forte, cheia de molejo e cheia de.... cheia de tempero!
É isso!
O nome é proposital, associando o ritmo e dança ao tempero, ao gostinho picante e às letras das músicas de Cuba - berço da Salsa - que com freqüência se referem ao açúcar, à beleza e aos sabores da Ilha.

Os estudiosos afirmam ser a origem da Salsa, o Danzón ou Son , uma dança cubana que apresentava como características movimentos grandes, rebuscados e muito sensuais.
Quando no final do século XVIII os franceses aportaram na Ilha, devido aos rigores morais da época, assimilaram a dança porém com grande separação física entre cavalheiro e dama e também refinando postura e movimentos.

Já na década de 50, o Son é sucesso nos cassinos, onde também brilham o fox, o rock e o jazz, que influenciam e trazem um novo jeito de dançar.
Nasce "o casino" com passos mais elaborados e com a formação de rodas.
Por ser extremamente lúdico e integrador, gera alguns anos depois uma verdadeira moda, a "rueda de casino", onde podemos perceber elementos das contradanças e minuetos franceses. Sob liderança os dançarinos executam em total sincronia passos complexos, giros e trocas de pares.
Pelo ritmo forte da música destaca-se a rapidez dos movimentos, o que a torna muito excitante.
Nos anos 60/70 o són e o cassino vivem sua época de ouro, atravessam fronteiras e recebem um novo nome - Salsa.

Depois cai no esquecimento, sendo preterida com o advento das discotecas.
Resiste na terra de Fidel e é vista, timidamente, em bailes e festas de imigrantes cubanos.

Esse ostracismo não resiste, no entanto, quando as danças de salão passam por uma revitalização e a mídia, atenta ao fenômeno, leva a Salsa ao público mais jovem.
Ela renasce e hoje está cada vez mais incorporada ao repertório dos dançarinos e presente nos bailes e salões.


BY LUCIA D'ACRE